sexta-feira, 20 de julho de 2012

VAMOS GENERALIZAR A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS, DIZ MANTEGA



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje, em São Paulo, que a desoneração tributária da folha de pagamentos ainda contemplará outros setores da economia.
06/07/2012 07:29
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje, em São Paulo, que a desoneração tributária da folha de pagamentos ainda contemplará outros setores da economia. 'A desoneração da folha de pagamentos é importante em momento de crise. Um dos custos que mais está caindo no mundo é o da mão de obra, até o da Alemanha. Temos que reduzir o custo de mão de obra'.

Mantega destacou, no entanto, que isso não pode se refletir na remuneração do trabalhador. 'O salário é importante, é demanda. Começamos reduzindo o INSS. São 15 setores, o que começará a ocorrer em agosto, então ainda não fez efeito. Isso reduz consideravelmente o custo dessas empresas. Vamos generalizar essa desoneração da folha'.

Em abril, o governo federal ampliou a lista - de 4 para 15 - de setores beneficiados pela desoneração previdenciária. No total, eles terão eliminada a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento em troca de alíquota de 1% a 2% sobre o faturamento bruto.

Foram beneficiados os setores têxtil, de confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus, naval, bens de capital (máquinas e equipamentos), mecânica, hotéis, tecnologia da informação, call center e 'design house'.

Retomar investimentos

A uma plateia de empresários presentes ao Seminário Econômico Fiesp - Lide, em São Paulo, Mantega afirmou ser importante que a confiança dos empresários seja restabelecida para que a economia brasileira volte a crescer no ritmo desejado. Isso seria somado aos esforços do governo em acelerar os investimentos.

'Gostaríamos de manter o cenário de 2010, com investimento crescendo. Ideal seria de crescimento entre 12% e 13% ao ano [investimento] e com PIB em torno de 4% anual, com expansão da indústria de 11%', disse. O ministro ressaltou que investimentos na área de petróleo e gás dependem do governo e da Petrobras.

'Investimento estimula cadeia produtiva. Essa demanda é garantida, vai ocorrer', disse. Ele afirmou que os aportes em petróleo e gás, de R$ 354 bilhões entre 2012 e 2015, vão se realizar. Também citou a Vale, dizendo que a companhia 'tem bala na agulha' para investir R$ 40 bilhões.

O Brasil tem condições diferenciadas e está se tornando mais competitivo, segundo Mantega. 'Os juros estão mais baixos, há condições para investimentos, mas precisamos recuperar confiança de que Brasil tem condições diferenciadas e que, com mudanças, estamos configurando outro país, mais competitivo, estimulando a produção e com capacidade de competir com demais países. E temos uma vantagem, que é o mercado consumidor. O nosso continua muito eficiente tem dinamismo que não se encontra em outras', afirmou.

O ministro ainda citou que a massa salarial está crescendo 5% ao ano e que o mercado doméstico é uma vantagem competitiva do Brasil em momentos de crise.

'Temos capacidade de consumo cada vez maior. Uma parte do consumo foi afetada pela retração do crédiyoo e aumento do spread', afirmou, reiterando, contudo, que essas condições estão sendo revertidas.
Fonte: Olhar Direto

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